Presidente da Paraná Turismo foi o primeiro convidado a falar com os jornalistas especializados em Turismo
A reunião aconteceu na semana passada de forma virtual, e teve a participação dos associados, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo – ABRAJET, do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, o convidado para falar sobre o momento atual do Turismo, foi João Jacob Mehl, presidente da Paraná Turismo, que durante a entrevista Mehl disse, várias vezes, que o Paraná está se preparando para receber os paranaenses.
Jacob, com mais de vinte anos de experiência no setor, lembrou que o Paraná vinha se destacando no turismo nacional no ano passado: “Foi um ano maravilhoso. Tivemos recordes de visitantes em vários de nossos atrativos, como o Museu Oscar Niemeyer, a descida pela Serra do Mar e, claro, Foz do Iguaçu, com números excepcionais na Usina de Itaipu e, também, no Parque das Aves, sem falar nas Cataratas”. Depois, refletiu: “Agora, uma autarquia que é responsável pela divulgação turística do Estado, se vê diante de problemas que, apesar de seus, têm que buscar solução. Temos guias de turismo passando fome, agências de turismo fechando, 30% dos empresários do setor fechando as portas. É triste, principalmente sabendo que estávamos apresentando um crescimento maior que muitos Estados”.
O Paraná está se preparando para receber os paranaenses
Para ressaltar as dificuldades, informou que o Paraná só nos primeiros seis meses desse ano apresentou um déficit de R$ 3 bilhões no ICMS, um dos principais impostos que formam a receita do Estado. E desabafou: “Devíamos fazer ações pelo turismo mas, hoje, estamos é escutando lamentações, infelizmente”. E tem sido muitas nesses tempos: mais de dez hotéis já fecharam, praticamente todos os eventos foram ou cancelados ou transferidos e “temos, lamentavelmente a questão de dois centros de eventos, o Expo Unimed e o de Pinhais, que podem fechar, fazendo de Curitiba, talvez, a única capital sem um equipamento para receber esse tipo de evento”.
Nota Paraná
Mas o presidente diz que apesar das dificuldades os atores do turismo estão trabalhando. “Sabemos que falta confiança para o turista sair de casa – esse vai ser um problema importante a ser resolvido e esclarecido para esse turista – mas o Paraná quer ser um Estado com os locais mais asseados, cumprindo todos os protocolos que mostre que se pode fazer turismo aqui”.
E esse turismo, como o mundo está projetando, deve ser principalmente rodoviário, com o próprio automóvel do turista, e com distâncias curtas. “Nesse sentido, com a criação dos polos regionais podemos dizer que o Paraná é um Estado privilegiado porque temos atrativos próximos de cada cidade. São passeios que podem ser feitos em um dia ou mesmo num final de semana. E o paranaense terá várias opções e bom motivos para sair de casa”.
Uma das medidas que o governo está estudando é o paranaense poder aproveitar seus créditos na Nota Paraná (ao pedir uma nota fiscal, o contribuinte recebe uma parte do imposto pago) utilizando no turismo. “Isso deve ser fechado em poucos dias”, disse Jacob. O Nota Paraná tem uma base de quase quatro milhões de contribuintes. “Outra ideia – revelou Jacob aos jornalistas de turismo – é que a compra feita no turismo possa valer o dobro”.
Otimista e trabalhando para que o setor possa se reerguer, Jacob acredita que a partir de setembro o turismo comece seu processo de aquecimento. “Temos no Paraná um organismo que também trabalha em prol do turismo, o G5 que reúne a Abav-PR, Abih-PR, Seha, Abrasel e Fecomércio, que também pensa e age pelo turismo. E estamos, junto com o Sebrae, organizando o recomeço. Temos um programa pronto para ser implantando logo que as condições permitirem”, falou.
Texto: Jean Luiz Féder – ABRAJET PR